domingo, 2 de dezembro de 2012

Quando tudo começou...

Primeiramente, desculpem-me por não ter postado como havia prometido.. Andei um pouco distante da anorexia e acabei sendo pega pela bulimia. Acabei engordando alguns quilos e estou me sentindo nojenta!
Mas tudo bem... dia 15 desse mês vou voltar pra academia. Enquanto isso, dieta de 300 calorias por dia!!

Hoje quero contar como meu distúrbio alimentar começou...

Quando eu tinha 5 anos, eu era uma criança feliz e não me preocupava com nada além de diversão. Porém, eu era uma criança saudável, um pouco gordinha, mas nada fora do normal.
Mas então, meus tios sempre faziam piadinhas do tipo "nossa, como você está gordinha. Sua mãe tem te dado muita bolacha? Ta parecendo uma bolinha de pelúcia."
Eu passei a ficar 2 horas na mesa durante todas as refeições. Esperava meus pais saírem da mesa e então eu ia jogar minha comida no lixo, sem ter comido nada. Quando minha mãe descobriu, ela começou a checar o lixo e brigava muito comigo quando via que eu havia jogado comida fora.
Nessa época, morávamos na casa da minha avó. E atras da casa da minha avó tinha um terreno baldio. Comecei a jogar a comida no terreno baldio, pelo muro da casa da minha avó.

Bem, desde então, eu me acho gorda e sempre que como me sinto nojenta. 
A culpa disso tudo é da sociedade que inventou que a magreza é mais bonito. A pressão de ser mais bonita acabou estragando uma garotinha de 5 anos, que não comia pra não engordar mais.

Contem-me a história de vocês, se possível. Onde e como tudo começou? Por que?

Sabe... As vezes, gostaria de ser normal e não odiar a comida. Gostaria de poder me olhar no espelho e me sentir bem do jeito que sou, sem querer me modificar.

Beijos de força pra vocês.

sábado, 4 de agosto de 2012

Olá, queridos leitores.
Passei muito tempo sem postar aqui, não é mesmo? 
Muita coisa aconteceu desde que eu parei de postar aqui. Muita coisa e muita gordura. Parece que todo o trabalho que eu tive foi por água abaixo... E tudo isso é culpa de um relacionamento que não deu certo. Fui fraca e me deixei levar pelo sentimento de 'comer os problemas'. Eu como quando me sinto triste e então, me sinto pior ainda por que comi. 
Mas tudo está para mudar! Essa semana fiz carteirinha no SESC e vou fazer academia sempre que puder, apesar de eu quase não ter tempo.. Estou estudando de manhã e trabalhando das 2h da tarde até as 22h da noite. 
Mas sempre que tenho a oportunidade, eu ando bastante. Como por exemplo, quando vou trabalhar, ao invés de eu pegar um ônibus, eu vou a pé. Assim, queimo calorias e não deixo a gordura acumular na minha barriga. E quando é hora do almoço, eu sempre como o mínimo possivel. Depois queimo todas as calorias trabalhando, pois fico o tempo inteiro em pé. Trabalho em uma loja da marca TNG e, bem, eu não posso ser gorda para trabalhar em uma loja da TNG, pois os clientes reparam muito.


Preciso voltar a ser forte e ver a comida como minha pior inimiga. Pois se eu ficar gorda novamente, vou me sentir nojenta, feia e asquerosa. 


Obrigada ás pessoas que lêem meu blog. eu não imaginava entrar aqui e ver comentários em uma postagem, não imaginava mesmo! Voltarei a postar aqui todos os dias :)


Força meninas! Nós conseguimos combater a gordura!  xx


segunda-feira, 19 de março de 2012

Pró Ana e Pró Mia

Hoje, achei que não teria uma compulsão. Mas comi um pires (pequeno) de arroz com muito vinagre e alguns bolinhos. Vomitei tudo.
Andei de patins para queimar algumas calorias e estou tomando cápsulas de óleo de cártamo, para ajudar no emagrecimento rápido (ele faz com que o corpo use a própria gordura como fonte de energia e reduz a celulite.) Já perdi uma medida. Pretendo perder mais duas até o final da semana que vem. Me desejem sorte!!
Amanhã espero conseguir ficar sem comer e não ter uma compulsão!
xx

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Desabafos

Hoje acordei determinada a ser feliz, a fazer com que o dia valesse a pena. Mas não foi bem assim. Agradeço pelos bons momentos que tive de manhã. Meu curso foi muito divertido, conheci pessoas novas e falei bastante. Mas Ana veio me atormentar hoje. ela tem me atormentando novamente desde sexta feira. Eu quase não como e, se como, vou logo tomar café sem açúcar ou fazer algum exercício. Eu já perdi peso de sexta feira pra hoje. Não consigo mais parar de pensar em comida. Mas não penso em comida, querendo comer. Eu penso o tempo todo que não posso comer, que devo manter controle sobre meu corpo e até, mando meu estômago parar de reclamar a fome. Não sou eu quem está mantendo controle sobre a comida, é Ana. Ela está me mantendo desse jeito. Não consigo comer. Não consigo ir até a cozinha preparar um prato gostoso. Não consigo. Eu só consigo pensar em "NÃO COMA, NÃO COMA, NÃO COMA. GORDA. GORDA. GORDA. VOCÊ É GORDA."
Isso vai me matar aos poucos.
outro assunto totalmente diferente...
Eu não quero mais me apaixonar. Agora vou somente usar as pessoas, como elas fazem comigo. Elas fingem que se importam, mas não provam. Provar o que? É tudo fingimento. Eu não quero mais mentiras de outras pessoas. Eu vou começar a mentir. Acho que deve doer menos. 
Todos pensam que sou uma boneca. Brincam comigo e depois me largam no canto empoeirado, para brincarem com algum brinquedo mais legal do que eu. ODEIO ISSO TANTO QUANTO ODEIO ANA!
De agora em diante, eu serei fria, esconderei o máximo possível, todo e qualquer sentimento que eu tiver.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Dinossauro Apaixonado

Somos, na maioria, dinossauros apaixonados. Famintos por sentimento correspondido, devoradores de carinho e afeto, destruidores de bases sólidas, ariscos por natureza e, selvagens.
Interessante como um apaixonado se auto destrói. O individuo vai se deixando levar por uma ilusão inventada pela literatura e cinema, achando que está nas nuvens e que finalmente encontrou a pessoa certa. Os primeiros meses - ou o primeiro ano - são adoráveis, maravilhosos e gostosos. Então as tempestades começam. A pessoa vai deixando de pensar em si mesma e acaba se preocupando somente com o bem estar da "pessoa amada". Aí acontece o inevitável: o coração se machuca e o cidadão fica na fossa por dias e dias, até se dar conta de que pode viver sozinho - ou pelo menos, sem o monstro que destruiu seu coração em pedacinhos. 
E então eu me pergunto: isso é mesmo necessário? É mesmo necessário sofrer por alguém quem não merece nem uma lágrima sequer de nosso pobre coração? E a resposta não poderia ser outra. Sim. Sim. Sim. 
Sim, é necessário sofrer por paixão, amor ou seja lá o que for esse fogo que sentimos quando achamos que gostamos de alguém e romantizamos as coisas. As decepções nos deixam cada vez mais fortes.
Como já dizia um velho amigo meu: "meu coração tem cicatrizes, buracos e rachaduras. Não, não é bonito de se ver. Porém, meu coração trocou pedacinhos de si próprio com corações de outras pessoas que o amaram de volta, que lhe retribuíram um sorriso. Meu coração tem buracos, pois algumas pessoas não souberam retribuir tanto amor. Mas tudo bem, esses buracos serão preenchidos pelos próximos dinossauros que cruzarem meu caminho. Eles virão, selvagens e com fome de carinho. Eu lhes darei amor, eles me darão amor também. E se não derem, deixarão mais um vazio a ser preenchido. É um siclo sem fim. Fim, que chegará quando meu coração estiver completo, por mais que ainda tenha buracos. A história da vida mora no coração. Não entristeça se ele sofrer arranhões, pense sempre que outros dinossauros também estão dispostos a lhe dar um pedacinho de seus corações feridos, arranhados e que esperam que você preencha um buraco."

domingo, 12 de fevereiro de 2012

AVISO: Amizade Colorida pode perder a cor

Muitas pessoas acham que Amizade Colorida é como a Hakuna Matata, linda de viver.
Mas o que os filmes e as poesias sobre Amizade Colorida esqueceram de contar a vocês, é que amizade colorida é dolorosa, difícil e - muitas vezes - sem cores.
Existe uma garota, apaixonada por seu melhor amigo. Ele já sentiu ciumes por ela, já achou que estivesse apaixonado. E então prestou atenção, percebeu que não era apaixonado por ela. Mas ele era. Ele é. Acha que não, mas é. E ela sabe disso, mas finge que não sabe. Assim é melhor. Ele ficará com outras garotas - está na fase de conquistas e pontos acumulativos com as mulheres - e então não se sentirá culpado pelas lágrimas que vão correr no rosto de sua melhor amiga. Ela, por outro lado, se acha uma boba por gostar tanto assim de seu melhor amigo. Sente um vazio dentro de si mesma, sente ciumes e não pode reclamar. Ela o queria só para ela. Ele a queria só para ele, mas ambos tinham medo de estragar a amizade. Ambos tinham medo de se prender a algo que poderia não durar para sempre.
"Você entende a diferença entre amor e paixão?" - ele pergunta
"É claro." - ela diz "A paixão é superficial, dura no máximo dois anos."
"Não deveria ter um máximo de tempo." - ele rebate
"O que não deveria ter um maximo de tempo?" - a garota questiona
"Essas coisas, por que não pode durar a vida toda?" - ele diz, confuso
"Mas essa é a maior diferença entre paixão e amor. A paixão acaba porque é superficial. 
O amor não, nunca acaba." - ela explica
"Entendo..." - ele sussurra

Garoto fica com alguém, a melhor amiga dele fica chateada. 
"Você não se importa." - ela reclama, olhando seus sapatos vermelhos
"Você acha que eu não me importo com você? É isso o que eu acho estranho, antes eu não ligava pra nenhuma menina, mas agora eu ligo. Mas e agora? Era o que eu tinha medo." ele retruca
"Você tem medo de que afinal?" - ela quer saber
"De me envolver muito, porque depois, na hora que acabar eu vou ficar chateado, você também vai... E é isso o que eu não quero." - ele resmunga
Eles costumavam ficar, se beijarem e aproveitarem o tempo que tinham juntos. Ela achou melhor serem somente amigos, mas ela não sabia que o pior ainda estava por vir. Mesmo sendo apenas amigos, eles ainda ficavam quando se encontravam. Ela não podia rejeitá-lo, ele a queria. Ele não entendia nada, não sabia porque era sempre assim com ela. Ela sabia quando ele mentia, sabia só de olhar em seus olhos cor-de-mel. Ele sabia quando ela ficava brava, sabia que seu jeito entregava todos os sentimentos. E então ele lhe dava um beijo, na bochecha da garota que ele ainda não sabia que amava. 
E era sempre assim com os dois idiotas do século. Conversas no celular até um dos dois pegar no sono, contar seus pensamentos íntimos, intermináveis conversas por msn... E diversas lágrimas da garota, que amava seu melhor amigo. E diversas dúvidas do garoto, que não entendia o que a garota especial lhe causava. Ela era diferente, era a borboleta na vida dele.

E hoje ela pensa como ele foi ingênuo em achar que amizade era mais fácil. Foi também, erro dela, por achar que amizade colorida seria uma coisa linda.
"Na verdade, se tratando de amizades, é diferente. Porque não acaba tão fácil como namoro. É muito complicado essas coisas." - ele disse, lá no passado, quando ainda nem eram melhores amigos.
Amizade Colorida é muito mais complicada do que namoro. Só quem vive ela, sabe o quão doloroso é essa farsa, inventada pelos romances. Amizade Colorida não é colorida, na verdade. É opaca, com apenas alguns pontos fortemente coloridos. Tem alguns doces, mas é amarga na maior parte do tempo. Assim como tudo nessa vida. 

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Ana me fez companhia hoje

Tomei café sem açúcar, bebi vinagre com água.
Almocei, vomitei.
Senti vontade de comer o bolo delicioso que minha mãe fez, mas Ana não me deixou comer.
Ana não me deixou comer meu cachorro-quente vegetariano. Ana não me deixou comer uvas, nem ao menos uma bela maçã vermelha.
Ana, Ana...
Ás vezes gostaria de mandá-la embora, mas não consigo. 

Ana não me deixaria sozinha. Ela me acompanha e me deixa louca, me deixa paranoica.
Terrível, terrível Ana.



"And Ana wrecks your life
Like an Anorexia life"